JOGANDO PARA A PLATÉIA

Dialogando com o confrade Gildo Sandoval que também faz parte comigo na Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, sobre a atual posição política do Brasil, durante o diálogo, foi citado esta frase “jogando para a plateia”. No entanto, veio-me à mente em digitar este artigo.

Jogando para a plateia; não é de agora que isto vem acontecendo. Desde que foi criado os partidos políticos, onde o cidadão só é valorizado em época de eleição. Enquanto isso, nesse intervalo, acontece o famoso aliciamento de partidos para a formação das coligações eleitorais. Porque quanto mais partidos se coligarem, mais tempo de televisão haverá. Os políticos acreditam piamente que ter um tempo maior de televisão é mais vantajoso, embora as pesquisas mostrem que não é bem assim.

A mais recente jogada para a plateia, foi a questão da segurança ao estado e a própria população do estado do Rio de Janeiro, em que o estado do Rio de Janeiro naquele momento estava sob uma intervenção federal branca e a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), decretada por Temer em 28 de julho de 2017, que estava totalmente em desacordo com a Constituição e a lei de emprego das Forças Armadas (FFAA).

Infelizmente jogar para a plateia é comum nos maus políticos que não estão preocupados em transmitir o que recebem de Deus, mas aquilo que sua mente doentia vai produzindo. Seja em troca do dinheiro, da fama, ou meramente ter seu nome lembrado. A mentira, as bravatas, as autocomiserações fazem parte deste espectro horrível de pensadores, pregadores e líderes que fisgam as mentes incautas de seus eleitores ou seguidores. Os bons escritos, as boas mensagens e o suposto poder de muitos não os credenciam a estarem acima das críticas. Infelizmente quem defende esses maus políticos, defende justamente porque não pensam fora da caixa. Foram aprisionados e levados pelo engodo que eles são.

Felizmente, aos poucos, os eleitores estão ficando mais esclarecidos. Está se aproximando o pleito eleitoral, queremos ver, como irá ficar a situação desses políticos maus intencionados daqui para frente, ao se tratar exclusivamente de jogar para a plateia em época eleitoral.

O que observamos, são as decepções com as administrações de Gestões Públicas, em particular nas questões de descentralizações do poder, desvios de verbas dos cofres públicos onde tem sido tantos que não é mais surpresa para mais ninguém, apenas só ficamos com um pé atrás. Só vendo para crer…

É claro e notório, que a participação social, ainda que com todos os desafios inerentes aos maus políticos, alguns meios de comunicação ainda tentam desobstruir algo para tirar vantagem, tentando desobstrui o diálogo entre governantes e governados.

Mas na vida real está sendo bem diferente do atual território da teledramaturgia editada pela velha mídia dominadora. Definitivamente, a imprensa, algumas delas com seu primarismo que a caracteriza, não pauta e nem tem condições de pautar de pautar o debate político face a face.

O mau político, é sempre inocente e dono da verdade. Além de tudo usam a prepotência e não admitem ouvir outra verdade que não seja a sua com medo de descobrir que a sua, não era tão verdade assim. O cego sempre guiará outro cego. Lembro-me que os israelitas consideravam o nome sagrado demais para ser pronunciado. Sempre que precisavam dizer Yahweh, substituíam-no pela palavra Adonai, que significa “Senhor” em hebraico. Se o nome precisava ser escrito, os escribas tomavam um banho antes de escrevê-lo e destruíam a caneta depois de o haverem feito. Pelo simples fato do temor da blasfémia. Hoje presenciamos maus políticos cuspindo na palavra e ridicularizando a política que Platão tanto definiu como Justa e Perfeita. Infelizmente a usam com uma exegese antropocêntrica sem nenhum pudor.

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