VIVENDO NUM MUNDO DE ILUSÃO

Curar-se significa abandonar a ilusão do medo e aceitar o amor como guia interior.

Chico Xavier

Quando pensei em elaborar este artigo, me fez lembrar da alquimia. Os alquimistas tentavam extrair o ouro, a pedra filosofal e os homúnculos dos seus experimentos, mas tudo isso era simbolicamente um processo de transformação que estava acontecendo dentro do homem, uma verdadeira lapidação, uma lapidação que começa antes naquele que faz no objeto lapidado. Mas, depois, fui ver que não é bem assim.

Em virtude de fazer parte de uma Doutrina criada e deixa por Raimundo Irineu Serra, e muitos daqueles que nos visitam, perguntam: “o que é viver num mundo de ilusão? ” Muitos pensam que é se trancar dentro de casa, não se divertir, não curtir a vida, não viver na materialidade, somente para a espiritualidade, viver exclusivamente para a Doutrina. Nada disso. Quando o Espirito Santo passa a agir dentro da gente, jamais vemos e agimos da mesma forma. Apesar de errarmos, jamais olhamos para o mundo da mesma forma e não depende de templos físicos para podermos sentir essa força, basta pedir para Deus essa paz que o Espirito Santo traz para dentro de nós, anulando o que tem de mal. Parece que os problemas que achávamos que eram grandes, ficam pequenos. Mas essa luta é constante, é preciso pedir sempre, porque a todo tempo somos chamados para o negativismo. Para isso, devemos estar sempre vigilantes.

Os seres humanos são como diamantes. Pedra preciosas. E cada um é o seu próprio ourives. O homem nasce em estado bruto e precisa ir se lapidando com o passar do tempo. Uns conseguem, outros não, depende da disposição de cada um em se melhorar. Na verdade, o ser humano é um processo complexo, a analogia é perfeita. Infelizmente, não são todos que atingem o estado final do “burilamento”. Formar, possuir título, ter um bom cargo não são garantias nenhuma de estarmos habilitado à complexidade humana. É apenas nas ações e atitudes na vida pautada pelo respeito, ética e justiça para com o outro que pode-se afirmar com confiança que estamos diante de uma “pedra preciosa”.

É importante estarmos sempre consciente, que num romper com os véus da ilusão, da matéria e das formas é que de fato que saberemos o verdadeiro caminho da luz que podemos trilhar por si mesmo.

A vida nos dá as oportunidades de aprender. Mas no mundo de ilusão não procuramos compreender. Muitas das vezes, não por culpa nossa, olhamos para o lado e vemos nossos irmãos que estão à beira da dificuldade e não podemos fazer nada ou não sabemos dar a mão.

A Divina Medicina pela qual comungo, ela proporciona o despertar das pessoas para uma nova consciência, facilitando a retirada dos véus da ilusão, oferecendo crescimento e cura, para que o ser assuma o seu poder pessoal e se lembre da sua divindade, acelerando o seu processo evolutivo, nesta transição planetária pela qual estamos passando, dando-nos a oportunidade de elevar nossa frequência para nos harmonizar e, assim, vibrar na Luz, na Paz e no Amor.


                     Em nossa passagem pela terra, temos uma verdadeira missão, não podemos viver na exaltação do ego com poder, fama e sucesso. Na casa da Rainha, e com a experiência a cada sessão, descobrirmos que a desilusão é quem devora a ilusão! Será que precisamos sempre do perdão para poder errar de novo? Pois é mais ou menos assim: o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória! É importante que saibamos, que a maior razão para procurar a Divina Medicina é que Ele é uma Escola que te fará sentir a felicidade de quem vive para “ser vir” e serve para “vir ver”!

Um dos grandes exemplos é o bambu que não cultiva galhos. Ele não se permite criar nada que só atrasaria a sua ascensão. Como o bambu, somos convidados a abandonar a ilusão material, o supérfluo, as cargas. Podemos, assim, compreender de uma vez por todas que toda forma de apego é um atraso evolutivo. O bambu cresce em conjunto, nunca sozinho. Quando nos damos conta de que Somos Um só, enxergamos a riqueza do senso coletivo. Aprendemos o real significado da compaixão. O bambu nos afasta da ilusão da superatividade e resgata o sentido da unicidade.

O ódio que avassala as multidões e gera conflitos é fruto da falta de amor. Os conflitos geram ondas energéticas de desamor, alimentando irmãos, como uma usina geradora de energias, contra o Criador.  A revolta contra a criação é fruto do orgulho. Vibremos no amor. Os pensamentos e sentimentos de revolta, bem como o julgamento daqueles que pensam e agem diferente se juntam a esta onda energética deletéria, que prejudica ainda mais o trabalho das hordas do bem. 

Muitos tem sido feito para a libertação do povo da terra, que por milênios vive num emaranhado de ódio e ilusão. No fim das contas, somos todos Um, vivendo a ilusão da separação do tempo e espaço. Tudo está em movimento. E a serenidade é uma decisão.

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