DISCURSO DE MINHA POSSE NA ACADEMIA MAÇÔNICA DE LETRAS MS

Exmo. Irmão Temístocles de Figueiredo Serra Minervini presidente da Academia Maçônica de Letras de MS, Irmão, autoridades, minhas senhoras e meus senhores, nossas saudações, nosso grandioso boa noite.

“O homem só envelhece quando os lamentos substituem seus sonhos” (provérbio chinês)

Não poderia antes as minhas palavras, deixar de agradecer ao Grande Arquiteto do Universo que é Deus. Agradeço também a expressiva generosidade com a qual ilustres Irmãos membros desde sodalício, a nossa querida e gloriosa Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, que acolheu o meu nome para ocupar a cadeira n°32, em especial aos Irmãos: Antônio Alves Guimarães, Ademir Batista de Oliveira e Gildo Sandoval Campos, que propuseram o meu nome para compartilhar tão sublime missão. Registro que é uma honra e uma responsabilidade suceder, na cadeira n°32, ao ilustre Irmão José Lázaro – admirável figura humana que, com o vigor da sua personalidade e o poder da sua inteligência, deu densidade própria à nossa Academia pela sua notável atuação nos múltiplos e diversificados campos de sua passagem por este sodalício a que dedicou, impulsionado por uma vocação e trabalhar em favor desta nossa sublime Academia e da Maçonaria Sul-Mato-Grossense. Agradeço o privilégio de ser saudado nesta solenidade pelo querido amigo e Irmão Ademir Batista de Oliveira, que foi a primeira voz a patrocinar o meu nome para a cadeira n°32. Que, com o sopro inspirador me fez ocupar esta cadeira de uma fraternal sensibilidade.

Oh! Grande Pai

Daime a firmeza

Sustenta minha decisão

Oh! Grande Pai

Daime a clareza

E sigo em sua direção

Rainha Mãe, daime o Amor

Pra iluminar meu coração

E me conduz para o saber

Pra eu ensinar o meu irmão.

A natureza é tão bonita

E só nos dá satisfação

Vamos amá-la com toda firmeza

Ela é o nosso coração.

Antes de falar da minha pose em si, quero fazer uma homenagem para três mulheres especiais, duas delas ligadas diretamente a maçonaria e a outra ligado totalmente a minha vida terrena. Terezinha Moreira de Souza, minha Mãe que, entre outras coisas, me introduziu ao habito do estudo-leitura, na minha alfabetização. Pensem, vocês um menino de infância pobre, sob o ponto de vista econômico, criado sem pai, mas muito bem-criado, mesmo sendo ela uma diarista deu-me a tão sagrada educação. Estendo as homenagens à senhora Ruth Ramos, que a maioria dos irmãos a conhecem, pois é conhecida em nosso meio maçônico como: (Ruth Pérola Negra) ela que me apresentou a um irmão para que eu fosse apresentado a nossa sublime Instituição. A outra senhora é a minha esposa Sandra Regina Fabril, que foi uma grande incentivadora para a publicação do meu primeiro livro e a motivadora para que eu fizesse parte desta nossa egrégia Academia Maçônica de Letras. A elas o meu afetuoso agradecimento. A você Sandra Regina, que é a própria materialização direto do mundo das ideias de Platão, daquilo que se pode chamar a esposa ideal.

Podem ter a devida certeza que nestas minhas palavras de posse, não é meu intuito cansá-los. Pois foi percorrendo nos caminhos da felicidade que enalteceu a minha vida a este sodalício. Mas, foi através do amor à escrita que me fez chegar até aqui junto aos meus pares para comungar do mesmo ideal, que são os estudos maçônicos, o idioma pátrio, a cultura e a literatura maçônica. No entanto, não podemos deixar de promover a escrita neste grande encontro desta noite que sem egoísmo, para mim, em particular será memorável.

Campo Grande em retrospecto.

Campo Grande em retrospecto

Sob garoa, névoa de neblina;

Ranchos, casebres, tendas isoladas;

Cercas de arames, prédios sem calçadas;

Vi assim Campo Grande, a flor sulina.

Vi Campo Grande assim: uma menina.

Após as chuvas, ruas alagadas,

De lama as suas vestes salpicadas.

Tal como em seu labor a campesina.

E, antes de urbe ser, urbe grã-fina,

Núcleo fora de vida assustadas,

Vidas pelos estranhos perturbadas:

Mestres em lutas, jogos, na clavina

Nesse início de vida tumultuária

A tudo colocar, pôr nos lugares,

Vieram em comando, os militares

E com eles a ordem necessária.

Com esta poesia, apresento meu patrono Mariano da Silva Cebalho (Mariano Cebalho), cadeira 32. Nasceu em 22 de julho de 1896, em Cárceres – MT, e faleceu 1985. Filho de João Nepomuceno Cebalho Filho e Alexandrina Castorina Cebalho. Filho mais velho de (05) cinco irmãos. Sendo 02 homens e 03 mulheres. Sua esposa chamava-se Cacilda Trouy Cebalho e não tiveram filhos. Radicou-se em Campo Grande, onde foi professor e funcionário público da Prefeitura de Campo Grande, desenvolvendo a profissão de contador, poeta e maçom, iniciado na Loja Maçônica Oriente de Maracaju número 01. Além de ser homenageado na cadeira 32 da egrégia Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, foi também homenageado à Avenida Mariano da Silva Cebalho, conjunto residencial Mata do Jacinto CEP 79.030-240. Por isso tem um importante e relevante papel no desenvolvimento cultural deste nosso estado. Esta obra acima escrita, continua sendo umas de suas inéditas. Como poeta, colaborou por muito tempo no jornal “folha da serra”.

Meus queridos irmãos, senhores e senhoras. Desde a minha infância, construída de desafios e muitas dificuldades. Pois nossas vidas são feitas de desafios contínuos, sendo que cada fase de nossas vidas, desenvolvemos nossos próprios desafios, nossas inquietações e dificuldades. E daqui para a frente não será diferente, pois diante dos desafios, terei que ENFRENTAR uma outra situação, uma REALIDADE e o mais importante: com RESPONSABILIDADE.

Para enfrentar a realidade, o nosso próximo desafio é CONSTRUIR CONFIANÇA em nós mesmos e nos outros, e é por isso que aqui estou. Esta experiência de sentir confiança é iniciada na nossa relação com nossos pais ou responsáveis, e esta confiança mesmo sendo EU de uma família pobre, eles passaram para mim durante a infância e até os dias de hoje, transferida para todas as minhas relações se estabeleceram por todos os lugares que passei. É através da confiança que podemos nos sentir capazes de fazer coisas, de aprender e de conquistar. A confiança é a base de qualquer relacionamento, seja no âmbito conjugal, profissional ou de amizade.

Concluo essas minhas palavras com a mensagem de Charles Chaplin.

“Fui um homem simples, lutei, passei muitas dificuldades, vindo de uma família humilde em um mundo ainda não tão reconhecido pela arte. Procurei, em todos os lugares que passei deixar um pouco de mim expressando a minha vocação. Um dia uma luz surge, e comecei, silenciosamente, fazer rir, chorar, emocionar, pensar, sentir”.

Finalizo rogando ao Grande Arquiteto Do Universo que é o Deus de nossos corações e de nossas compreensões e do meu Pai Oxalá, e de nosso Imperador Mestre Juramidam que infundam o seu Ser com o seu divino resplendor, para que possamos cumprir nossas obrigações com galhardia, carinho, abnegação e esforço sobre medidos, para que a caminhada da nossa Academia continue de forma serena e prazerosa pelos mapas traçadas para o seu apogeu.

A verdade é Deus e a Rainha

É a Doutrina e quem for se doutrinando

O Templo sendo cada um

O Mestre continua ensinando

Mais é preciso se humilhar e ter amor

Que na justiça somos bem testificados

É preciso confiar em si mesmo

Para ser pela Doutrina resguardado.

Meu muito obrigado!!!

http://hinosdosantodaime.blogspot.com.br/2015/05/a-chave.html

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